RISOS.. E RISOS, UM ATO DE MUITAS FACES

Quiá!… quiá!… quiá
Cá cá cá
Kkkkkkk
Hahaha
Fdrghuhgfxddddgh

Você tem o costume de rir de quê? Qual a diferença entre o riso… e o riso? Qual é a face do riso deixada na arte do palco e da rua? O ato do humor tem quantas faces? O humor está consolidado no teatro desde a Grécia Antiga e se faz presente em nossa vida cotidiana desde as mais rudimentares formas de comunicação esboçadas pelo ser humano há milhares de anos. O riso não é exclusivo da comédia; ele também habita os dramas de Tchekhov, o absurdo de Beckett, o épico de Brecht, a tragédia de Nelson Rodrigues e tantas outras estéticas teatrais. Sua quase onipresença nas mais diversas dramaturgias é o sinal mais evidente da sua pluralidade de significados.
Há o riso feliz, o riso de desconforto, o riso como mecanismo de defesa, o riso que denuncia, o riso inocente, o riso opressor e o riso que liberta. Por meio do riso, as mais diversas mensagens são propagadas. Millôr Fernandes, em tom crítico, dizia: “O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é.” Sob outro prisma, Chico Anysio defendia que o conteúdo denunciante do riso deveria ser mais importante que o seu prazer momentâneo: “O humor é tudo, até engraçado”. E adicionando uma terceira ótica, temos Luis Miranda, nosso homenageado desta edição, que reflete: “Através do humor, você quebra um pouco a rudeza que tem a vida”. Visões diferentes, mas não antagônicas, que ressaltam as muitas faces de um mesmo ato.
Luis Miranda é responsável por boas gargalhadas do público há muitos anos. No palco desde os quatorze anos, em sua cidade Santo Antônio de Jesus (BA), veio para São Paulo, onde se formou na Escola de Artes Dramáticas da USP e construiu sólida carreira teatral em espetáculos como Angels in America, Apocalypse Um, Onze, Terça Insana, Sete Conto e O Mistério de Irma Vap. Também esteve em grandes filmes como Bicho de Sete Cabeças, Carandiru, Que Horas Ela Volta? e na televisão em programas como Sob Nova Direção e A Grande Família. A trajetória de vida de Luis Miranda é um símbolo de como o riso pode ser questionador e libertador, capaz de se rebelar contra a opressão social sem perder a leveza e a delicadeza da poesia,   nos convidando à compreensão de nós mesmos e dos outros , como sujeitos históricos e sociais.
O FESCETE 28 traz o tema “Risos… e risos. Um ato de muitas faces” como um convite à reflexão sobre o poder que existe na risada e a nossa responsabilidade ao utilizar tal poder. Tendo em nossas mãos uma possibilidade comunicativa tão valiosa quanto o riso, caberá, a nós, usá-la para perpetuar o status quo atual, no qual há o interminável conflito entre opressor e oprimido, ou devemos nos apropriar do humor como forma de desconstruir determinados padrões e, com isso, esboçar uma sociedade mais justa? Há uma velha expressão latina, “Ridendo castigat mores”, que em livre tradução significa “Alguém corrige costumes rindo-se deles”. Mas afinal de contas, quais costumes?

O FESCETE É MEU, É SEU, É NOSSO!

Karla Lacerda, Júlia Norato e Pedro Norato.

Ator, diretor, dublador e humorista, o baiano Luis Miranda se destaca no cinema, teatro e TV.

Aos 14 anos, fez parte de grupo de teatro de Salvador. Já no Rio de Janeiro, onde trabalhou como preparador de dança por um ano.

Em São Paulo, ingressou na  Escola de Arte Dramática da USP, onde continuou sua trajetória rumo ao sucesso. Depois de muitos anos em peças teatrais e até um prêmio de estrela revelação, entrou para o mundo do cinema e da TV, através do Telecurso 2000 e do filme Bicho de Sete Cabeças (2000).

Com a evolução de sua carreira, passou a se destacar pela série Sob Nova Direção, Encantados, seguido de outras produções da teledramaturgia. Fez cerca de trinta filmes ao longo da carreira e vinte séries.

Atuou em grandes obras como o filme como Carandiru, de Hector Babenco, Jean Charles (2009), de Henrique Goldman, e Quincas Berro D’Água, de Sérgio Machado. Na televisão, participou do seriado A grande família, da Rede Globo, Mister Brau e Zorra Total. E no teatro, deu vida a irreverentes personagens do Terça Insana como Dona Edith, Madame Sheila, Vovó Arlinda, além de obras clássicas como O Mistério de Irma Vap, ao lado do nosso já homenageado Mateus Solano.

Premiado por seu talento, já foi laureado com Prêmio Shell, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Contigo! de Cinema e também de TV, dentre tantos outros.

Atualmente, comanda o quadro Big Treta, no Big Brother Brasil 24.

Das pichações da década de 90 às galerias renomadas na atualidade, KID possui em seu acervo a raiz do vandalismo e a mais pura arte contemporânea. Mestre apaixonado e professor de artes, ele detém um extenso acervo urbano, e suas obras podem ser apreciadas em toda a região metropolitana da Baixada Santista. A cada dia, uma nova inspiração surge em sua mente e flui em forma de intervenções em seu cotidiano.

Chico Melo- Artista plástico – Atelier Casa dos Fundos @chicomeloarte

Desenvolve seu trabalho em Santos, Guarujá e região. Participou de importantes salões de arte:

• Primeiro Salão de Artes Plásticas de Guarujá – Prêmio Aquisição
• Salão nacional de Santo André – Prêmio Aquisição
• Salão Nacional de São Bernardo do campo
• Terceira Bienal Nacional de Santos
• Salão Nacional de Arte Jovem (CCBEU) Santos – Prêmio Especial do Júri – Mapa Cultural Paulista

A partir de 2017 convidado pela organização do festival FESCETE criou e passou a confeccionar para o evento, que a cada ano vem com um novo tema traduzido neste em cores.